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As varizes são veias superficiais anormais, dilatadas, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo.
Como mostrado no conceito acima, não existem “varizes internas”, pois as veias são superficiais. As veias profundas não podem ser consideradas varicosas, mas podem sofrer trombose. As varizes estão situadas no tecido subcutâneo (abaixo da pele), ou no território intradérmico, e, portanto, geralmente visíveis e, na maioria das vezes, palpáveis.
É uma das doenças mais comuns da humanidade. No Brasil, ocorrem em aproximadamente 35% das pessoas acima de 15 anos. Este número aumenta com a idade. Estima-se que uma em cada cinco mulheres e um em cada 15 homens seja portador desta moléstia, que, além de deformidade estética, pode ser incapacitante com complicações e seqüelas graves. Estudos realizados em Israel e nos EUA mostram que 3% dos homens e 20% das mulheres têm varizes aos 30 anos de idade. Aos 70 anos, 70% dos indivíduos apresentam algum tipo de varicosidade.
A maior incidência no sexo feminino está bem estabelecida, variando de duas a cinco vezes a mais que no sexo masculino, de acordo com as estatísticas dos mais diferentes trabalhos.
A insuficiência venosa acarreta grave implicação socio-econômica, uma vez que é uma das enfermidades que mais provocam afastamento temporário da atividade profissional do indivíduo.
Assim como os problemas da coluna vertebral, as varizes também se enquadram no alto preço que o homem paga por ser um animal bípede.
No nosso organismo possuímos três tipos de circulação: a arterial, que leva o sangue do coração ao resto do corpo; a venosa, que é responsável pela drenagem do sangue das extremidades do corpo para o coração; e a linfática, cuja função é drenar o interstício.
De acordo com a Lei da Gravidade, e tomando-se como ponto zero o coração, podemos notar que o sangue venoso, nos membros inferiores (pés, pernas e coxas), “corre” contra a ação da gravidade e também contra a pressão do abdome; por isso precisa lançar mão de certos subsídios para impedir o refluxo sanguíneo, ou seja, que o sangue que já subiu em direção ao coração não desça novamente.
Os mecanismos anti-refluxo são: o “bombeamento” do sangue pela musculatura da panturrilha (“batata da perna”); a estrutura da parede das veias superficiais nos membros inferiores, cuja espessura é normalmente resistente à dilatação; e a presença das válvulas (pequenas formações saculares dentro das veias), as quais não permitem o refluxo sanguíneo e direcionam o fluxo de baixo para cima.
Não existe nenhuma relação estabelecida entre a formação de varizes e depilação ou uso de salto alto (porém os saltos menores são mais indicados), assim como não há influência com relação a carregar peso; todavia, subir escada pode ser considerado até um exercício físico, portanto, ajuda a incrementar o retorno venoso.
A ginástica, desde que recomendada pelo médico e acompanhada por professores de educação física, não só não provoca varizes como também é bastante aconselhável para evitá-las.
Quanto à musculação, desde que não seja exagerada, não tem contra-indicação. No entanto, atletas podem ter varizes, caso possuam fatores de risco compatíveis. Os remadores, halterofilistas e fisiculturistas têm maior predisposição para ocorrência de tal enfermidade, pois nesses exercícios exige-se grande aumento da pressão intra-abdominal.
As condições que propiciam surgimento de varizes são todas as situações internas ou externas capazes de debilitar a parede venosa, aumentar a pressão dentro da veia e/ou acometer a função das válvulas. Portanto, os principais fatores de risco são:
A escleroterapia (aplicação) não é um tratamento inócuo. Portanto, deve ser feito por um médico habilitado para este procedimento, ou seja, angiologista e/ou cirurgião vascular.
O paciente varicoso não necessita do médico para saber o nome de sua doença. O simples diagnóstico de varizes é de tal modo evidente que é feito pelo próprio paciente.
O paciente acometido por varizes procura o médico por três motivos principais: pelo sofrimentoque causam, pela preocupação estética e pelo temor das complicações.
As principais queixas clínicas dos pacientes são: dor tipo “queimação” ou “cansaço”, sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente ao redor do tornozelo, que, frequentemente, melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em pé ou sentado, no calor, nos períodos próximos ou durante a menstruação e também durante a gravidez.
Para o bom resultado do tratamento, medidas gerais devem ser consideradas, tais como: emagrecer, praticar exercícios físicos (preferencialmente a natação, a hidroginástica e as caminhadas), evitar o uso de anticoncepcionais, evitar ficar de pé parado por muito tempo, não usar cintas abdominais apertadas, ingerir dieta rica em fibras e corrigir problemas ortopédicos.
O tratamento específico das varizes depende, fundamentalmente, da sua natureza (primárias ou secundárias) e difere de acordo com o calibre (grossura) da veia a ser tratada. Aqueles cordões varicosos, salientes e visíveis, que elevam a pele são de tratamento cirúrgico, enquanto as micro varizes (pequenas veias de trajeto tortuoso ou retilíneo, de aproximadamente l mm a 2 mm de largura), que não causam saliência na pele, são de tratamento micro-cirúrgico. Já as telangiectasias (vasinhos) ou aranhas vasculares, que são finos vasos encontrados com mais freqüência na região externa ou interna das coxas devem ser tratadas pela escleroterapia (injeção de solução alcoólica ou hipertônica dentro destes vasos, que irrita suas paredes fazendo com que se contraiam e desapareçam).
Nos casos em que há a concomitância de veias calibrosas com telangiectasias (vasinhos), a cirurgia deve ser realizada em primeiro lugar. Geralmente, após 15 dias da operação dá-se o início do tratamento escleroterápico (aplicação) das veias residuais, que em muitos casos são pequenos trajetos que foram interrompidos.
Isto se deve ao fato de que, após este intervalo de tempo, já ocorreu a reabsorção das equimoses (extravasamento de sangue no tecido subcutâneo alterando sua coloração).
Naqueles pacientes que não querem ou não podem fazer nenhum dos tipos de tratamento citados, pode ser empregado o tratamento com aplicação da ESPUMA, que dispensa internação hospitalar, anestesia, cortes, repouso e tem resultado tão bom, ou melhor, que a cirurgia. Mas cada caso deve ser avaliado, pois também existem contra-indicações para este método.
As injeções de substâncias escleroterápicas costumam ser bem toleráveis, embora o conceito de dor seja algo bastante subjetivo e variável.
É importante ressaltar que este não é um tipo de tratamento inócuo e, portanto, deve ser feito por um angiologista ou cirurgião vascular. O paciente deve precaver-se diante de promessas de tratamentos “milagrosos”, recrutamento de pessoas para viagens distantes onde são realizados tratamentos em massa, apressadamente, pouco convencionais, sem avaliação personalizada e prévia do paciente, com uso de drogas desconhecidas, e principalmente por não especialistas médicos. Lembre-se que o seu médico deve estar sempre ao seu alcance.
As veias que são retiradas, por estarem doentes, não colaboram para a circulação; ao contrário, sua retirada causa melhoria na drenagem venosa dos membros inferiores, aliviando sintomas, melhorando a estética e prevenindo as complicações da evolução da doença, que clinicamente se expressa por: acentuação dos trajetos varicosos; hiperpigmentação cutânea (manchas escuras) ocasionada pelo extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, eczema varicoso provocado pela presença de hemoglobina livre no tecido subcutâneo, que causa processo inflamatório crônico
As veias retiradas cirurgicamente ou esclerosadas não voltam, porém outras veias varicosas poderão surgir no futuro, uma vez que a medicina não conhece a causa exata da doença e só é capaz de tratar aquela circunstância da enfermidade, além de ajudar na prevenção.
Dicas úteis para evitar varizes:
Melhor que tratar é evitar o aparecimento da doença.
Consulte seu angiologista/cirurgião vascular regularmente.
Faça um “CHECK-UP” vascular.
* Dr. Fábio Mesquita de Souza é especialista pela Soc. Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. CRM-MG 30340
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